O bioplástico é realmente ecolólogico?

O bioplástico chegou às nossas prateleiras no início dos anos 2000. Apresentado como uma solução séria para a poluição dos chamados resíduos plásticos convencionais, o bioplástico se refere a dois tipos muito diferentes de materiais:

Plásticos "de base biológica", que são feitos de materiais à base de plantas, como cana-de-açúcar, milho, mandioca, batata e carvão.

Plásticos "compostáveis" são plásticos que se degradam em contato com outros organismos vivos, mesmo que sejam parcialmente derivados do petróleo.

Portanto, os bioplásticos parecem ser um grande passo em frente para responder aos desafios que enfrentamos. Um estudo recente mostrou que a produção de uma garrafa de 500 ml com bioplástico poderia reduzir os gases de efeito estufa em 12% e o consumo de combustíveis fósseis em 82%, números que não são desprezíveis. No entanto, é importante notar que eles não são a solução milagrosa que muitas vezes são levados a acreditar.

Embora o termo “bio” possa ser confuso, é importante lembrar que a sua produção ainda é altamente dependente de combustíveis fósseis.

Vejamos isso com mais detalhes.

Quanto aos bioplásticos, a sua fabricação exige o cultivo das plantas que os compõem e, portanto, o uso de recursos naturais como a água. Por exemplo, para fabricar uma tonelada de PLA, um dos tipos de bioplástico mais utilizados, são necessárias 2,39 toneladas de milho, 0,37 hectares de terra e 2.921 m3 de água.

Além disso, lembre-se de que os bioplásticos não são realmente aceitos nos canais convencionais de reciclagem e geralmente são misturados com plásticos derivados do petróleo, às vezes atrasando a sua quebra.

Os plásticos compostáveis ​​são de fato degradáveis, mas apenas sob certas condições específicas, que nem sempre garantem a sua decomposição. Existem duas Regras que permitem o seu reconhecimento oficial:

Embora o bioplástico seja uma solução mais responsável, não é uma solução milagrosa. Pense em privilegiar o vidro, o papelão ou comprar a granel para reduzir significativamente o seu consumo diário de embalagens. Além disso, entre todos nós, vamos contribuir com nosso grão de areia, fazendo o nosso lema dos quatro “R”: reutilizar, reduzir, reutilizar e reciclar.